quinta-feira, 18 de junho de 2009

GRATIDÃO

Nada parece tão monótono
Os campos estão vazios
Esbranquiçados
Os sons tomam o lugar dos passos
Lentamente se fecham
Descem a rua na direção do nada
Desaparecem
Sobram os risos, as flores
A terra molhada
A bondade encerrada no peito
Imagem única de um amor de infancia
Segredo criança que a vida desvenda
E mata a pureza
Largando os pedaços à propria sorte
À minha volta
Apenas o velho muro ainda respira
Suporta o vento, o fogo, a chuva
Os braços e os abraços
Dádiva que a vontade domina
Quando supera a dor
Longe de querer entender
O por que daquela lágrima.


Autor: Roberto D'ara

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